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Seminário Internacional sobre “Trajetórias de Desenvolvimento Local e Regional: uma comparação entre as Regiões do Nordeste Brasileiro e a Baixa Califórnia (México)

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Como todas as transformações econômica e institucional, o processo de globalização tem arregimentado um grande número de adeptos ao mesmo tempo em que tem produzido um exército de críticos. Esse quadro é perfeitamente justificado pelos resultados contraditórios que vêm sendo gerados por tal processo, cuja síntese está longe de ser visualizada. Ao mesmo tempo em que a globalização vem possibilitando a retirada de milhões de pessoas da situação de pobreza na China e na Índia, por exemplo, ela vem causando um desconforto entre os países industrialmente desenvolvidos em razão do deslocamento dos nestes países. Vista por esse ângulo, a globalização tem provocado impactos diferenciados sobre as trajetórias de desenvolvimento local e regional, fazendo-se sentir por meio de resultados que compõem um quadro ocupado por “regiões ganhadoras” e “regiões perdedoras”.

No lugar de se seguirem clichês analíticos, e generalizantes, previamente concebidos, é conveniente que se façam observações empíricas e análises pormenorizadas sobre os impactos da globalização sobre as regiões, em seus variados aspectos, econômico, social e cultural. Além disso, concomitante ao exercício de se apurarem os resultados macroeconômicos produzidos pela globalização sobre um país, é necessário que se realizem pesquisas e reflexões sobre o que acontece, neste, em nível local e regional, vis-à-vis daquele processo de globalização. Isto significa dizer que os resultados produzidos por esse fenômeno sobre as várias regiões e territórios são diferenciados, sobretudo em se tratando de países de grande escala e apresentando níveis acentuados de desigualdade espacial. Estes são os casos de países como o México e o Brasil, respectivamente em suas regiões da Baixa Califórinia e do Nordeste (brasileiro).

Dentro do contexto descrito anteriormente, é oportuno que se faça uma reflexão sobre “o como” regiões periféricas, como a Baixa Califórnia do México e o Nordeste brasileiro, vêm se comportando diante do fenômeno da Globalização, das grandes transformações estruturais, e dos acordos comerciais realizados por força dessa circunstância, tais como o Mercosul e o Nafta. Nesse sentido, professores e pesquisadores do Grupo de Pesquisa “Região, Indústria e Competitividade-RIC” do Departamento de Teoria Econômica-DTE/FEAAC, da Universidade Federal do Ceará-UFC, e do Colégio de la Frontera del Norte, Tijuana, do México, decidiram realizar um Seminário Internacional sobre as trajetórias recentes do desenvolvimento local e regional de suas respectivas regiões. Para isso, convidam outros Professores e Pesquisadores, estudantes e estudiosos do desenvolvimento para ingressarem nessa reflexão que será realizada no Seminário Internacional aqui Proposto.

 

Grupo Região, Indústria e Competitividade - RIC | Universidade Federal do Ceará - UFC